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Espaço Confinado - NR33

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NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão (113.000-5)

13.1. Caldeiras a vapor - disposições gerais.
13.1.1. Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob
pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, excetuando-se os
refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de processo.
13.1.2. Para efeito desta NR, considera-se "Profissional Habilitado" aquele que tem
competência legal para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades referentes a
projeto de construção, acompanhamento de operação e manutenção, inspeção e
supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão, em conformidade com a
regulamentação profissional vigente no País.
13.1.3. Pressão Máxima de Trabalho Permitida - PMTP ou Pressão Máxima de Trabalho
Admissível - PMTA é o maior valor de pressão compatível com o código de projeto, a
resistência dos materiais utilizados, as dimensões do equipamento e seus parâmetros
operacionais.
13.1.4. Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:
a) válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual
ou inferior a PMTA; (113.071-4)
b) instrumento que indique a pressão do vapor acumulado; (113.072-2)
c) injetor ou outro meio de alimentação de água, independente do sistema
principal, em caldeiras a combustível sólido; (113.073-0)
d) sistema de drenagem rápida de água, em caldeiras de recuperação de
álcalis; (113.074-9)
e) sistema de indicação para controle do nível de água ou outro sistema
que evite o superaquecimento por alimentação deficiente. (113.075-7)
13.1.5. Toda caldeira deve ter afixada em seu corpo, em local de fácil acesso e bem visível,
placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações: (113.001-3 / I2)
a) fabricante;
b) número de ordem dado pelo fabricante da caldeira;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
e) pressão de teste hidrostático;
f) capacidade de produção de vapor;
g) área de superfície de aquecimento;
h) código de projeto e ano de edição.
13.1.5.1. Além da placa de identificação, devem constar, em local visível a
categoria da caldeira, conforme definida no subitem 13.1.9 desta NR, e
seu número ou código de identificação.
13.1.6. Toda caldeira deve possuir no estabelecimento, onde estiver instalada, a seguinte
documentação, devidamente atualizada:
a) "Prontuário da Caldeira", contendo as seguintes informações: (113.002-
1 / I3)
- código de projeto e ano de edição;
- especificação dos materiais;
- procedimentos utilizados na fabricação, montagem, inspeção final e
determinação da PMTA;
- conjunto de desenhos e demais dados necessários para o
monitoramento da vida útil da caldeira;
- características funcionais;
- dados dos dispositivos de segurança;
- ano de fabricação;
- categoria da caldeira;
b) "Registro de Segurança", em conformidade com o subitem 13.1.7;
(113.003-0 / I4)
c) "Projeto de Instalação", em conformidade com o item 13.2; (113.004-8 /
I4)
d) "Projetos de Alteração ou Reparo", em conformidade com os subitens
13.4.2 e 13.4.3; (113.005-6 / I4)
e) "Relatórios de Inspeção", em conformidade com os subitens 13.5.11,
13.5.12 e 13.5.13.
13.1.6.1. Quando inexistente ou extraviado, o "Prontuário da Caldeira"
deve ser reconstituído pelo proprietário com responsabilidade técnica do
fabricante ou de "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2, sendo
imprescindível a reconstituição das características funcionais, dos dados
dos dispositivos de segurança e dos procedimentos para determinação da
PMTA. (113.006-4 / I3)
13.1.6.2. Quando a caldeira for vendida ou transferida de
estabelecimento, os documentos mencionados nas alíneas "a", "d", e "e"
do subitem 13.1.6 devem acompanhá-la.
13.1.6.3. O proprietário da caldeira deverá apresentar, quando exigido
pela autoridade competente do órgão regional do Ministério do Trabalho,
a documentação mencionada no subitem 13.1.6. (113.007-2 / I4)
13.1.7. O "Registro de Segurança" deve ser constituído de livro próprio com páginas
numeradas ou outro sistema equivalente onde serão registradas:
a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de
segurança da caldeira;
b) as ocorrências de inspeções de segurança periódicas e extraordinárias,
devendo constar o nome legível e assinatura de "Profissional Habilitado",
citado no subitem 13.1.2, e de operador de caldeira presente na ocasião
da inspeção.
13.1.7.1. Caso a caldeira venha a ser considerada inadequada para uso,
o "Registro de Segurança" deve conter tal informação e receber
encerramento formal. (113.008-0 / I4)
13.1.8. A documentação referida no subitem 13.1.6 deve estar sempre à disposição para
consulta dos operadores do pessoal de manutenção, de inspeção e das representações dos
trabalhadores e do empregador na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - Cipa,
devendo o proprietário assegurar pleno acesso a essa documentação. (113.009-9 / I3)
13.1.9. Para os propósitos desta NR, as caldeiras são classificadas em 3 (três) categorias,
conforme segue:
a) caldeiras da categoria A são aquelas cuja pressão de operação é igual
ou superior a 1960 KPa (19.98 Kgf/cm2);
b) caldeiras da categoria C são aquelas cuja pressão de operação é igual
ou inferior a 588 KPa (5.99 Kgf/cm2) e o volume interno é igual ou inferior
a 100 (cem) litros;
c) caldeiras da categoria B são todas as caldeiras que não se enquadram
nas categorias anteriores.
13.2. Instalação de caldeiras a vapor.
13.2.1. A autoria do "Projeto de Instalação" de caldeiras a vapor, no que concerne ao
atendimento desta NR, é de responsabilidade de "Profissional Habilitado", conforme citado
no subitem 13.1.2, e deve obedecer aos aspectos de segurança, saúde e meio ambiente
previstos nas Normas Regulamentadoras, convenções e disposições legais aplicáveis.
13.2.2. As caldeiras de qualquer estabelecimento devem ser instaladas em "Casa de
Caldeiras" ou em local específico para tal fim, denominado "Área de Caldeiras".
13.2.3. Quando a caldeira for instalada em ambiente aberto, a "Área de Caldeiras" deve
satisfazer aos seguintes requisitos:
a) estar afastada de, no mínimo, 3,00m (três metros) de: (113.010-2 / I4)
- outras instalações do estabelecimento;
- de depósitos de combustíveis, excetuando-se reservatórios para partida
com até 2 (dois) mil litros de capacidade;
- do limite de propriedade de terceiros;
- do limite com as vias públicas;
b) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente
desobstruídas e dispostas em direções distintas;
c) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção
da caldeira, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter
dimensões que impeçam a queda de pessoas; (113.011-0 / I4)
d) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado,
provenientes da combustão, para fora da área de operação atendendo às
normas ambientais vigentes;
e) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes; (113.012-9 / I4)
f) ter sistema de iluminação de emergência caso operar à noite.
13.2.4. Quando a caldeira estiver instalada em ambiente confinado, a "Casa de Caldeiras"
deve satisfazer aos seguintes requisitos:
a) constituir prédio separado, construído de material resistente ao fogo,
podendo ter apenas uma parede adjacente a outras instalações do
estabelecimento, porém com as outras paredes afastadas de no mínimo
3,00m (três metros) de outras instalações, do limite de propriedade de
terceiros, do limite com as vias públicas e de depósitos de combustíveis,
excetuando-se reservatórios para partida com até 2 (dois) mil litros de
capacidade;
(113.013-7 / I4)
b) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente
desobstruídas e dispostas em direções distintas;
c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam
ser bloqueadas;
d) dispor de sensor para detecção de vazamento de gás quando se tratar
de caldeira a combustível gasoso.
e) não ser utilizada para qualquer outra finalidade;
f) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção
da caldeira, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter
dimensões que impeçam a queda de pessoas; (113.014-5 / I3)
g) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado,
provenientes da combustão para fora da área de operação, atendendo às
normas ambientais vigentes;
h) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes e ter sistema
de iluminação de emergência.
13.2.5. Constitui risco grave e iminente o não-atendimento aos seguintes requisitos:
a) para todas as caldeiras instaladas em ambiente aberto, as alíneas "b" ,
"d" e "f" do subitem 13.2.3 desta NR;
b) para as caldeiras da categoria A instaladas em ambientes confinados,
as alíneas "a", "b", "c", "d", "e", "g" e "h" do subitem 13.2.4 desta NR;
c) para as caldeiras das categorias B e C instaladas em ambientes
confinados, as alíneas "b", "c", "d", "e", "g" e "h" do subitem 13.2.4 desta
NR.
13.2.6. Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto nos subitens 13.2.3 ou
13.2.4, deverá ser elaborado "Projeto Alternativo de Instalação", com medidas
complementares de segurança que permitam a atenuação dos riscos.
13.2.6.1. O "Projeto Alternativo de Instalação" deve ser apresentado pelo
proprietário da caldeira para obtenção de acordo com a representação
sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento.
13.2.6.2. Quando não houver acordo, conforme previsto no subitem
13.2.6.1, a intermediação do órgão regional do MTb poderá ser solicitada
por qualquer uma das partes, e, persistindo o impasse, a decisão caberá
a esse órgão.
13.2.7. As caldeiras classificadas na categoria A deverão possuir painel de instrumentos
instalados em sala de controle, construída segundo o que estabelecem as Normas
Regulamentadoras aplicáveis. (113.015-3 / I4)
13.3. Segurança na operação de caldeiras.
13.3.1. Toda caldeira deve possuir "Manual de Operação" atualizado, em língua portuguesa,
em local de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo: (113.016-1 / I3)
a) procedimentos de partidas e paradas;
b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;
c) procedimentos para situações de emergência;
d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio
ambiente.
13.3.2. Os instrumentos e controles de caldeiras devem ser mantidos calibrados e em boas
condições operacionais, constituindo condição de risco grave e iminente o emprego de
artifícios que neutralizem sistemas de controle e segurança da caldeira. (113.017-0 / I2)
13.3.3. A qualidade da água deve ser controlada e tratamentos devem ser implementados,
quando necessários para compatibilizar suas propriedades físico-químicas com os
parâmetros de operação da caldeira. (113.018-8 / I4)
13.3.4. Toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob operação e controle de
operador de caldeira, sendo que o não-atendimento a esta exigência caracteriza condição
de risco grave e iminente.
13.3.5. Para efeito desta NR, será considerado operador de caldeira aquele que satisfizer
pelo menos uma das seguintes condições:
a) possuir certificado de "Treinamento de Segurança na Operação de
Caldeiras" e comprovação de estágio prático (b) conforme subitem
13.3.11;
b) possuir certificado de "Treinamento de Segurança na Operação de
Caldeiras" previsto na NR 13 aprovada pela Portaria n° 02, de 08.05.84;
c) possuir comprovação de pelo menos 3 (três) anos de experiência nessa
atividade, até 08 de maio de 1984.
13.3.6. O pré-requisito mínimo para participação como aluno, no "Treinamento de
Segurança na Operação de Caldeiras", é o atestado de conclusão do 1° grau.
13.3.7. O "Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras" deve, obrigatoriamente:
a) ser supervisionado tecnicamente por "Profissional Habilitado" citado no
subitem 13.1.2;
b) ser ministrado por profissionais capacitados para esse fim;
c) obedecer, no mínimo, ao currículo proposto no Anexo I-A desta NR.
13.3.8. Os responsáveis pela promoção do "Treinamento de Segurança na Operação de
Caldeiras" estarão sujeitos ao impedimento de ministrar novos cursos, bem como a outras
sanções legais cabíveis, no caso de inobservância do disposto no subitem 13.3.7.
13.3.9. Todo operador de caldeira deve cumprir um estágio prático, na operação da própria
caldeira que irá operar, o qual deverá ser supervisionado, documentado e ter duração
mínima de: (113.019-6 / I4)
a) caldeiras da categoria A: 80 (oitenta) horas;
b) caldeiras da categoria B: 60 (sessenta) horas;
c) caldeiras da categoria C: 40 (quarenta) horas.
13.3.10. O estabelecimento onde for realizado o estágio prático supervisionado deve
informar previamente à representação sindical da categoria profissional predominante no
estabelecimento: (113.020-0 / I3)
a) período de realização do estágio;
b) entidade, empresa ou profissional responsável pelo "Treinamento de
Segurança na Operação de Caldeiras";
c) relação dos participantes do estágio.
13.3.11. A reciclagem de operadores deve ser permanente, por meio de constantes
informações das condições físicas e operacionais dos equipamentos, atualização técnica,
informações de segurança, participação em cursos, palestras e eventos pertinentes.
(113.021-8 / I2)
13.3.12. Constitui condição de risco grave e iminente a operação de qualquer caldeira em
condições diferentes das previstas no projeto original, sem que:
a) seja reprojetada levando em consideração todas as variáveis
envolvidas na nova condição de operação;
b) sejam adotados todos os procedimentos de segurança decorrentes de
sua nova classificação no que se refere a instalação, operação,
manutenção e inspeção.
13.4. Segurança na manutenção de caldeiras.
13.4.1. Todos os reparos ou alterações em caldeiras devem respeitar o respectivo código do
projeto de construção e as prescrições do fabricante no que se refere a: (113.022-6 / I4)
a) materiais;
b) procedimentos de execução;
c) procedimentos de controle de qualidade;
d) qualificação e certificação de pessoal.
13.4.1.1. Quando não for conhecido o código do projeto de construção,
deve ser respeitada a concepção original da caldeira, com procedimento
de controle do maior rigor prescrito nos códigos pertinentes.
13.4.1.2. Nas caldeiras de categorias A e B, a critério do "Profissional
Habilitado", citado no subitem 13.1.2, podem ser utilizadas tecnologias de
cálculo ou procedimentos mais avançados, em substituição aos previstos
pelos códigos de projeto.
13.4.2. "Projetos de Alteração ou Reparo" devem ser concebidos previamente nas seguintes
situações: (113.023-4 / I3)
a) sempre que as condições de projeto forem modificadas;
b) sempre que forem realizados reparos que possam comprometer a
segurança.
13.4.3. O "Projeto de Alteração ou Reparo" deve: (113.024-2 / I3)
a) ser concebido ou aprovado por "Profissional Habilitado", citado no
subitem 13.1.2;
b) determinar materiais, procedimentos de execução, controle de
qualidade e qualificação de pessoal.
13.4.4. Todas as intervenções que exijam mandrilamento ou soldagem em partes que
operem sob pressão devem ser seguidas de teste hidrostático, com características definidas
pelo "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2. (113.025-0 / I4)
13.4.5. Os sistemas de controle e segurança da caldeira devem ser submetidos à
manutenção preventiva ou preditiva. (113.026-9 / I4)
13.5. Inspeção de segurança de caldeiras.
13.5.1. As caldeiras devem ser submetidas a inspeções de segurança inicial, periódica e
extraordinária sendo considerado condição de risco grave e iminente o não-atendimento
aos prazos estabelecidos nesta NR. (113.078-1)
13.5.2. A inspeção de segurança inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da entrada
em funcionamento, no local de operação, devendo compreender exames interno e externo,
teste hidrostático e de acumulação.
13.5.3. A inspeção de segurança periódica, constituída por exames interno e externo, deve
ser executada nos seguintes prazos máximos:
a) 12 (doze) meses para caldeiras das categorias A, B e C;
b) 12 (doze) meses para caldeiras de recuperação de álcalis de qualquer
categoria;
c) 24 (vinte e quatro) meses para caldeiras da categoria A, desde que aos
12 (doze) meses sejam testadas as pressões de abertura das válvulas de
segurança;
d) 40 (quarenta) meses para caldeiras especiais conforme definido no
item 13.5.5.
13.5.4. Estabelecimentos que possuam "Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos",
conforme estabelecido no Anexo II, podem estender os períodos entre inspeções de
segurança, respeitando os seguintes prazos máximos:
a) 18 (dezoito) meses para caldeiras das categorias B e C;
b) 30 (trinta) meses para caldeiras da categoria A.
13.5.5. As caldeiras que operam de forma contínua e que utilizam gases ou resíduos das
unidades de processo como combustível principal para aproveitamento de calor ou para fins
de controle ambiental podem ser consideradas especiais quando todas as condições
seguintes forem satisfeitas:
a) estiverem instaladas em estabelecimentos que possuam "Serviço
Próprio de Inspeção de Equipamentos" citado no Anexo II;
b) tenham testados a cada 12 (doze) meses o sistema de intertravamento
e a pressão de abertura de cada válvula de segurança;
c) não apresentem variações inesperadas na temperatura de saída dos
gases e do vapor durante a operação;
d) exista análise e controle periódico da qualidade da água;
e) exista controle de deterioração dos materiais que compõem as
principais partes da caldeira;
f) seja homologada como classe especial mediante:
- acordo entre a representação sindical da categoria profissional
predominante no estabelecimento e o empregador;
- intermediação do órgão regional do MTb, solicitada por qualquer uma
das partes quando não houver acordo;
- decisão do órgão regional do MTb quando persistir o impasse.
13.5.6. Ao completar 25 (vinte e cinco) anos de uso, na sua inspeção subseqüente, as
caldeiras devem ser submetidas a rigorosa avaliação de integridade para determinar a sua
vida remanescente e novos prazos máximos para inspeção, caso ainda estejam em
condições de uso. (113.027-7 / I4)
13.5.6.1. Nos estabelecimentos que possuam "Serviço Próprio de
Inspeção de Equipamentos", citado no Anexo II, o limite de 25 (vinte e
cinco) anos pode ser alterado em função do acompanhamento das
condições da caldeira, efetuado pelo referido órgão.
13.5.7. As válvulas de segurança instaladas em caldeiras devem ser inspecionadas
periodicamente conforme segue: (113.028-5 / I4)
a) pelo menos 1 (uma) vez por mês, mediante acionamento manual da
alavanca, em operação, para caldeiras das categorias B e C;
b) desmontando, inspecionando e testando em bancada as válvulas
flangeadas e, no campo, as válvulas soldadas, recalibrando-as numa
freqüência compatível com a experiência operacional da mesma, porém
respeitando-se como limite máximo o período de inspeção estabelecido
no subitem 13.5.3 ou 13.5.4 se aplicável para caldeiras de categorias A e
B.
13.5.8. Adicionalmente aos testes prescritos no subitem 13.5.7 as válvulas de segurança
instaladas em caldeiras deverão ser submetidas a testes de acumulação, nas seguintes
oportunidades: (113.029-3 / I4)
a) na inspeção inicial da caldeira;
b) quando forem modificadas ou tiverem sofrido reformas significativas;
c) quando houver modificação nos parâmetros operacionais da caldeira
ou variação na PMTA;
d) quando houver modificação na sua tubulação de admissão ou
descarga.
13.5.9. A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes oportunidades:
a) sempre que a caldeira for danificada por acidente ou outra ocorrência
capaz de comprometer sua segurança;
b) quando a caldeira for submetida à alteração ou reparo importante
capaz de alterar suas condições de segurança;
c) antes de a caldeira ser recolocada em funcionamento, quando
permanecer inativa por mais de 6 (seis) meses;
d) quando houver mudança de local de instalação da caldeira.
13.5.10. A inspeção de segurança deve ser realizada por "Profissional Habilitado", citado no
subitem 13.1.2, ou por "Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos", citado no Anexo II.
13.5.11. Inspecionada a caldeira, deve ser emitido "Relatório de Inspeção", que passa a
fazer parte da sua documentação. (113.030-7 / I4)
13.5.12. Uma cópia do "Relatório de Inspeção" deve ser encaminhada pelo "Profissional
Habilitado", citado no subitem 13.1.2, num prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar do
término da inspeção, à representação sindical da categoria profissional predominante no
estabelecimento.
13.5.13. O "Relatório de Inspeção", mencionado no subitem 13.5.11, deve conter no
mínimo:
a) dados constantes na placa de identificação da caldeira;
b) categoria da caldeira;
c) tipo da caldeira;
d) tipo de inspeção executada;
e) data de início e término da inspeção;
f) descrição das inspeções e testes executados;
g) resultado das inspeções e providências;
h) relação dos itens desta NR ou de outras exigências legais que não
estão sendo atendidas;
i) conclusões;
j) recomendações e providências necessárias;
k) data prevista para a nova inspeção da caldeira;
l) nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional
do "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2, e nome legível e
assinatura de técnicos que participaram da inspeção.
13.5.14. Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações dos dados da
placa de identificação, a mesma deve ser atualizada. (113.031-5 / I1)
13.6. Vasos de pressão - disposições gerais.
13.6.1. Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou
externa.
13.6.1.1. O campo de aplicação desta NR, no que se refere a vasos de
pressão, está definido no Anexo III.
13.6.1.2. Os vasos de pressão abrangidos por esta NR estão classificados
em categorias de acordo com o Anexo IV.
13.6.2. Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:
a) válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura
ajustada em valor igual ou inferior à PMTA, instalada diretamente no vaso
ou no sistema que o inclui; (113.079-0)
b) dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido da válvula quando
esta não estiver instalada diretamente no vaso; (113.080-3)
c) instrumento que indique a pressão de operação. (113.081-1)
13.6.3. Todo vaso de pressão deve ter afixado em seu corpo em local de fácil acesso e bem
visível placa de identificação indelével com no mínimo as seguintes informações: (113.032-3
/ I2)
a) fabricante;
b) número de identificação;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
e) pressão de teste hidrostático;
f) código de projeto e ano de edição.
13.6.3.1 Além da placa de identificação deverão constar em local visível a categoria do
vaso, conforme Anexo IV, e seu número ou código de identificação.
13.6.4 Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalado, a seguinte
documentação devidamente atualizada:
a) "Prontuário do Vaso de Pressão" a ser fornecido pelo fabricante,
contendo as seguintes informações: (113.033-1 / I2)
- código de projeto e ano de edição;
- especificação dos materiais;
- procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final e
determinação da PMTA;
- conjunto de desenhos e demais dados necessários para o
monitoramento da sua vida útil;
- características funcionais;
- dados dos dispositivos de segurança;
- ano de fabricação;
- categoria do vaso;
b) "Registro de Segurança" em conformidade com o subitem 13.6.5;
(113.034-0 / I4)
c) "Projeto de Instalação" em conformidade com o item 13.7; (113.035-8 /
I4)
d) "Projeto de Alteração ou Reparo" em conformidade com os subitens
13.9.2 e 13.9.3; (113.036-6 / I4)
e) "Relatórios de Inspeção" em conformidade com o subitem 13.10.8.
13.6.4.1. Quando inexistente ou extraviado, o "Prontuário do Vaso de
Pressão" deve ser reconstituído pelo proprietário com responsabilidade
técnica do fabricante ou de "Profissional Habilitado", citado no subitem
13.1.2 sendo imprescindível a reconstituição das características
funcionais, dos dados dos dispositivos de segurança e dos procedimentos
para determinação da PMTA. (113.037-4 / I2)
13.6.4.2. O proprietário de vaso de pressão deverá apresentar, quando
exigida pela autoridade competente do órgão regional do Ministério do
Trabalho, a documentação mencionada no subitem 13.6.4. (113.038-2 / I4)
13.6.5. O "Registro de Segurança" deve ser constituído por livro de páginas numeradas,
pastas ou sistema informatizado ou não com confiabilidade equivalente onde serão
registradas:
a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de
segurança dos vasos; (113.039-0 / I3)
b) as ocorrências de inspeção de segurança. (113.040-4 / I4)
13.6.6. A documentação referida no subitem 13.6.4 deve estar sempre à disposição para
consulta dos operadores do pessoal de manutenção de inspeção e das representações dos
trabalhadores e do empregador na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - Cipa,
devendo o proprietário assegurar pleno acesso a essa documentação inclusive à
representação sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento quando
formalmente solicitado. (113.041-2 / I4)
13.7. Instalação de vasos de pressão.
13.7.1. Todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos os drenos, respiros,
bocas de visita e indicadores de nível, pressão e temperatura quando existentes sejam
facilmente acessíveis. (113.042-0 / I2)
13.7.2. Quando os vasos de pressão forem instalados em ambientes confinados, a
instalação deve satisfazer os seguintes requisitos:
a) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente
desobstruídas e dispostas em direções distintas; (113.082-0)
b) dispor de acesso fácil e seguro para as atividades de manutenção,
operação e inspeção, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos
devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas; (113.043-9 / I3)
c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam
ser bloqueadas; (113.083-8)
d) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes; (113.044-7 / I3)
e) possuir sistema de iluminação de emergência. (113.084-6)
13.7.3. Quando o vaso de pressão for instalado em ambiente aberto a instalação deve
satisfazer as alíneas "a", "b", "d" e "e" do subitem 13.7.2.
13.7.4. Constitui risco grave e iminente o não-atendimento às seguintes alíneas do
subitem 13.7.2:
- "a", "c" e "e" para vasos instalados em ambientes confinados;
- "a" para vasos instalados em ambientes abertos;
- "e" para vasos instalados em ambientes abertos e que operem à noite.
13.7.5. Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto no subitem 13.7.2 deve
ser elaborado "Projeto Alternativo de Instalação" com medidas complementares de
segurança que permitam a atenuação dos riscos.
13.7.5.1. O "Projeto Alternativo de Instalação" deve ser apresentado pelo
proprietário do vaso de pressão para obtenção de acordo com a
representação sindical da categoria profissional predominante no
estabelecimento.
13.7.5.2. Quando não houver acordo, conforme previsto no subitem
13.7.5.1, a intermediação do órgão regional do MTb poderá ser solicitada
por qualquer uma das partes e, persistindo o impasse, a decisão caberá a
esse órgão.
13.7.6. A autoria do "Projeto de Instalação" de vasos de pressão enquadrados nas
categorias I, II e III, conforme Anexo IV, no que concerne ao atendimento desta NR, é de
responsabilidade de "Profissional Habilitado", conforme citado no subitem 13.1.2, e deve
obedecer aos aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas Normas
Regulamentadoras, convenções e disposições legais aplicáveis.
13.7.7. O "Projeto de Instalação" deve conter pelo menos a planta baixa do
estabelecimento, com o posicionamento e a categoria de cada vaso e das instalações de
segurança. (113.045-5 / I1)
13.8. Segurança na operação de vasos de pressão.
13.8.1. Todo vaso de pressão enquadrado nas categorias I ou II deve possuir manual de
operação próprio ou instruções de operação contidas no manual de operação de unidade
onde estiver instalado, em língua portuguesa e de fácil acesso aos operadores, contendo no
mínimo: (113.046-3 / I3)
a) procedimentos de partidas e paradas;
b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;
c) procedimentos para situações de emergência;
d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio
ambiente.
13.8.2. Os instrumentos e controles de vasos de pressão devem ser mantidos calibrados e
em boas condições operacionais. (113.047-1 / I3)
13.8.2.1. Constitui condição de risco grave e iminente o emprego de
artifícios que neutralizem seus sistemas de controle e segurança.
(113.085-4)
13.8.3. A operação de unidades que possuam vasos de pressão de categorias "I" ou "II"
deve ser efetuada por profissional com "Treinamento de Segurança na Operação de
Unidades de Processos", sendo que o não-atendimento a esta exigência caracteriza
condição de risco grave e iminente. (113.048-0 / I4)
13.8.4. Para efeito desta NR será considerado profissional com "Treinamento de Segurança
na Operação de Unidades de Processo" aquele que satisfizer uma das seguintes condições:
a) possuir certificado de "Treinamento de Segurança na Operação de
Unidades de Processo" expedido por instituição competente para o
treinamento;
b) possuir experiência comprovada na operação de vasos de pressão das
categorias I ou II de pelo menos 2 (dois) anos antes da vigência desta NR.
13.8.5. O pré-requisito mínimo para participação, como aluno, no "Treinamento de
Segurança na Operação de Unidades de Processo" é o atestado de conclusão do 1o grau.
13.8.6. O "Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo" deve
obrigatoriamente:
a) ser supervisionado tecnicamente por "Profissional Habilitado" citado no
subitem 13.1.2;
b) ser ministrado por profissionais capacitados para esse fim;
c) obedecer, no mínimo, ao currículo proposto no Anexo I-B desta NR.
13.8.7. Os responsáveis pela promoção do "Treinamento de Segurança na Operação de
Unidades de Processo" estarão sujeitos ao impedimento de ministrar novos cursos, bem
como a outras sanções legais cabíveis no caso de inobservância do disposto no subitem
13.8.6.
13.8.8. Todo profissional com "Treinamento de Segurança na Operação de Unidade de
Processo" deve cumprir estágio prático, supervisionado, na operação de vasos de pressão
com as seguintes durações mínimas: (113.049-8 / I4)
a) 300 (trezentas) horas para vasos de categorias I ou II;
b) 100 (cem) horas para vasos de categorias III, IV ou V.
13.8.9. O estabelecimento onde for realizado o estágio prático supervisionado deve informar
previamente à representação sindical da categoria profissional predominante no
estabelecimento: (113.050-1 / I3)
a) período de realização do estágio;
b) entidade, empresa ou profissional responsável pelo "Treinamento de
Segurança na Operação de Unidades de Processo";
c) relação dos participantes do estágio.
13.8.10. A reciclagem de operadores deve ser permanente por meio de constantes
informações das condições físicas e operacionais dos equipamentos, atualização técnica,
informações de segurança, participação em cursos, palestras e eventos pertinentes.
(113.051-0 / I2)
13.8.11. Constitui condição de risco grave e iminente a operação de qualquer vaso de
pressão em condições diferentes das previstas no projeto original, sem que:
a) seja reprojetado levando em consideração todas as variáveis
envolvidas na nova condição de operação; (113.086-2)
b) sejam adotados todos os procedimentos de segurança decorrentes de
sua nova classificação no que se refere à instalação, operação,
manutenção e inspeção. (113.087-0)
13.9. Segurança na manutenção de vasos de pressão.
13.9.1. Todos os reparos ou alterações em vasos de pressão devem respeitar o respectivo
código de projeto de construção e as prescrições do fabricante no que se refere a: (113.052-
8 / I4)
a) materiais;
b) procedimentos de execução;
c) procedimentos de controle de qualidade;
d) qualificação e certificação de pessoal.
13.9.1.1. Quando não for conhecido o código do projeto de construção,
deverá ser respeitada a concepção original do vaso, empregando-se
procedimentos de controle do maior rigor, prescritos pelos códigos
pertinentes.
13.9.1.2. A critério do "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2,
podem ser utilizadas tecnologias de cálculo ou procedimentos mais
avançados, em substituição aos previstos pelos códigos de projeto.
13.9.2. "Projetos de Alteração ou Reparo" devem ser concebidos previamente nas seguintes
situações: (113.053-6 / I3)
a) sempre que as condições de projeto forem modificadas;
b) sempre que forem realizados reparos que possam comprometer a
segurança.
13.9.3. O "Projeto de Alteração ou Reparo" deve: (113.054-4 / I3)
a) ser concebido ou aprovado por "Profissional Habilitado", citado no
subitem 13.1.2;
b) determinar materiais, procedimentos de execução, controle de
qualidade e qualificação de pessoal;
c) ser divulgado para funcionários do estabelecimento que possam estar
envolvidos com o equipamento.
13.9.4. Todas as intervenções que exijam soldagem em partes que operem sob pressão
devem ser seguidas de teste hidrostático, com características definidas pelo "Profissional
Habilitado", citado no subitem 13.1.2, levando em conta o disposto no item 13.10. (113.055-
2 / I4)
13.9.4.1. Pequenas intervenções superficiais podem ter o teste
hidrostático dispensado, a critério do "Profissional Habilitado", citado no
subitem 13.1.2.
13.9.5. Os sistemas de controle e segurança dos vasos de pressão devem ser submetidos à
manutenção preventiva ou preditiva. (113.056-0 / I4)
13.10. Inspeção de segurança de vasos de pressão.
13.10.1. Os vasos de pressão devem ser submetidos a inspeções de segurança inicial,
periódica e extraordinária. (113.057-9 / I4)
13.10.2. A inspeção de segurança inicial deve ser feita em vasos novos, antes de sua
entrada em funcionamento, no local definitivo de instalação, devendo compreender exames
externo, interno e teste hidrostático, considerando as limitações mencionadas no subitem
13.10.3.5. (113.058-7 / I4)
13.10.3. A inspeção de segurança periódica, constituída por exames externo, interno e teste
hidrostático, deve obedecer aos seguintes prazos máximos estabelecidos a seguir:
(113.059-5 / I4)
a) para estabelecimentos que não possuam "Serviço Próprio de Inspeção
de Equipamentos", conforme citado no Anexo II:
Categoria do
Vaso
Exame Externo Exame Interno Teste
Hidrostático
I 1 ano 3 anos 6 anos
II 2 anos 4 anos 8 anos
III 3 anos 6 anos 12 anos
IV 4 anos 8 anos 16 anos
V 5 anos 10 anos 20 anos
b) para estabelecimentos que possuam "Serviço Próprio de Inspeção de
Equipamentos", conforme citado no Anexo II:
Categoria do
Vaso Exame Externo Exame Interno Teste
Hidrostático
I 3 anos 6 anos 12 anos
II 4 anos 8 anos 16 anos
III 5 anos 10 anos a critério
IV 6 anos 12 anos a critério
V 7 anos a critério a critério
13.10.3.1. Vasos de pressão que não permitam o exame interno ou
externo por impossibilidade física devem ser alternativamente submetidos
a teste hidrostático, considerando-se as limitações previstas no subitem
13.10.3.5. (113.060-9 / I4)
13.10.3.2. Vasos com enchimento interno ou com catalisador podem ter a
periodicidade de exame interno ou de teste hidrostático ampliada, de
forma a coincidir com a época da substituição de enchimentos ou de
catalisador, desde que esta ampliação não ultrapasse 20 (vinte) por cento
do prazo estabelecido no subitem 13.10.3 desta NR. (113.061-7 / I4)
13.10.3.3. Vasos com revestimento interno higroscópico devem ser
testados hidrostaticamente antes da aplicação do mesmo, sendo os testes
subseqüentes substituídos por técnicas alternativas. (113.062-5 / I4)
13.10.3.4. Quando for tecnicamente inviável e mediante anotação no
"Registro de Segurança" pelo "Profissional Habilitado", citado no subitem
13.1.2, o teste hidrostático pode ser substituído por outra técnica de
ensaio não-destrutivo ou inspeção que permita obter segurança
equivalente. (113.063-3 / I4)
13.10.3.5. Considera-se como razões técnicas que inviabilizam o teste
hidrostático:
a) resistência estrutural da fundação ou da sustentação
do vaso incompatível com o peso da água que seria
usada no teste;
b) efeito prejudicial do fluido de teste a elementos
internos do vaso;
c) impossibilidade técnica de purga e secagem do
sistema;
d) existência de revestimento interno;
e) influência prejudicial do teste sobre defeitos
subcríticos.
13.10.3.6. Vasos com temperatura de operação inferior a 0ºC (zero graus
centígrados) e que operem em condições nas quais a experiência mostre
que não ocorre deterioração ficam dispensados do teste hidrostático
periódico, sendo obrigatório exame interno a cada 20 (vinte) anos e
exame externo a cada 2 (dois) anos. (113.064-1 / I4)
13.10.3.7. Quando não houver outra alternativa, o teste pneumático pode
ser executado, desde que supervisionado pelo "Profissional Habilitado",
citado no subitem 13.1.2, e cercado de cuidados especiais por tratar-se de
atividade de alto risco. (113.065-0 / I4)
13.10.4. As válvulas de segurança dos vasos de pressão devem ser desmontadas,
inspecionadas e recalibradas por ocasião do exame interno periódico. (113.066-8
/ I4)
13.10.5. A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes
oportunidades: (113.067-6 / I4)
a) sempre que o vaso for danificado por acidente ou outra ocorrência que
comprometa sua segurança;
b) quando o vaso for submetido a reparo ou alterações importantes,
capazes de alterar sua condição de segurança;
c) antes de o vaso ser recolocado em funcionamento, quando permanecer
inativo por mais de 12 (doze) meses;
d) quando houver alteração do local de instalação do vaso.
13.10.6. A inspeção de segurança deve ser realizada por "Profissional Habilitado", citado no
subitem 13.1.2 ou por "Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos", conforme citado no
Anexo II. (113.068-4 / I4)
13.10.7. Após a inspeção do vaso deve ser emitido "Relatório de Inspeção", que passa a
fazer parte da sua documentação. (113.069-2 / I4)
13.10.8. O "Relatório de Inspeção" deve conter no mínimo:
a) identificação do vaso de pressão; (113.088-9)
b) fluidos de serviço e categoria do vaso de pressão; (113.089-7)
c) tipo do vaso de pressão; (113.090-0)
d) data de início e término da inspeção; (113.091-9)
e) tipo de inspeção executada; (113.092-7)
f) descrição dos exames e testes executados; (113.093-5)
g) resultado das inspeções e intervenções executadas; (113.094-3)
h) conclusões; (113.095-1)
i) recomendações e providências necessárias; (113.096-0)
j) data prevista para a próxima inspeção; (113.097-8)
k) nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional
do "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2, e nome legível e
assinatura de técnicos que participaram da inspeção. (113.098-6)
13.10.9. Sempre que os resultados da inspeção determinare6 alterações dos dados da
placa de identificação, a mesma deve ser atualizada. (113.070-6 / I1)
ANEXO I-A
Currículo Mínimo para "Treinamento de Segurança na
Operação de Caldeiras"
1. Noções de grandezas físicas e unidades
Carga horária: 4 (quatro) horas
1.1. Pressão
1.1.1. Pressão atmosférica
1.1.2. Pressão interna de um vaso
1.1.3. Pressão manométrica, pressão relativa e pressão absoluta
1.1.4. Unidades de pressão
1.2. Calor e temperatura
1.2.1. Noções gerais: o que é calor, o que é temperatura
1.2.2. Modos de transferência de calor
1.2.3. Calor específico e calor sensível
1.2.4. Transferência de calor a temperatura constante
1.2.5. Vapor saturado e vapor superaquecido
1.2.6. Tabela de vapor saturado
2. Caldeiras - considerações gerais
Carga horária: 8 (oito) horas
2.1. Tipos de caldeiras e suas utilizações
2.2. Partes de uma caldeira
2.2.1. Caldeiras flamotubulares
2.2.2. Caldeiras aquotubulares
2.2.3. Caldeiras elétricas
2.2.4. Caldeiras a combustíveis sólidos
2.2.5. Caldeiras a combustíveis líquidos
2.2.6. Caldeiras a gás
2.2.7. Queimadores
2.3. Instrumentos e dispositivos de controle de caldeiras
2.3.1. Dispositivo de alimentação
2.3.2. Visor de nível
2.3.3. Sistema de controle de nível
2.3.4. Indicadores de pressão
2.3.5. Dispositivos de segurança
2.3.6. Dispositivos auxiliares
2.3.7. Válvulas e tubulações
2.3.8. Tiragem de fumaça
3. Operação de caldeiras
Carga horária: 12 (doze) horas
3.1. Partida e parada
3.2. Regulagem e controle
3.2.1. de temperatura
3.2.2. de pressão
3.2.3. de fornecimento de energia
3.2.4. do nível de água
3.2.5. de poluentes
3.3. Falhas de operação, causas e providências
3.4. Roteiro de vistoria diária
3.5. Operação de um sistema de várias caldeiras
3.6. Procedimentos em situações de emergência
4. Tratamento de água e manutenção de caldeiras
Carga horária: 8 (oito) horas
4.1. Impurezas da água e suas conseqüências
4.2. Tratamento de água
4.3. Manutenção de caldeiras
5. Prevenção contra explosões e outros riscos
Carga horária: 4 (quatro) horas
5.1. Riscos gerais de acidentes e riscos à saúde
5.2. Riscos de explosão
6. Legislação e normalização
Carga horária: 4 (quatro) horas
6.1. Normas Regulamentadoras
6.2. Norma Regulamentadora 13 - NR 13
ANEXO I-B
Currículo Mínimo para "Treinamento de Segurança na
Operação de Unidades de Processo"
1. Noções de grandezas físicas e unidades
Carga horária: 4 (quatro) horas
1.1. Pressão
1.1.1. Pressão atmosférica
1.1.2. Pressão interna de um vaso
1.1.3. Pressão manométrica, pressão relativa e pressão absoluta
1.1.4. Unidades de pressão
1.2. Calor e temperatura
1.2.1. Noções gerais: o que é calor, o que é temperatura
1.2.2. Modos de transferência de calor
1.2.3. Calor específico e calor sensível
1.2.4. Transferência de calor a temperatura constante
1.2.5. Vapor saturado e vapor superaquecido
2. Equipamentos de processo
Carga horária estabelecida de acordo com a complexidade da unidade, mantendo um mínimo de 4 (quatro)
horas por item, onde aplicável.
2.1. Trocadores de calor
2.2. Tubulação, válvulas e acessórios
2.3. Bombas
2.4. Turbinas e ejetores
2.5. Compressores
2.6. Torres, vasos, tanques e reatores
2.7. Fornos
2.8. Caldeiras
3. Eletricidade
Carga horária: 4 (quatro) horas
4. Instrumentação
Carga horária: 8 (oito) horas
5. Operação da unidade
Carga horária: estabelecida de acordo com a complexidade da unidade
5.1. Descrição do processo
5.2. Partida e parada
5.3. Procedimentos de emergência
5.4. Descarte de produtos químicos e preservação do meio ambiente
5.5. Avaliação e controle de riscos inerentes ao processo
5.6. Prevenção contra deterioração, explosão e outros riscos
6. Primeiros socorros
Carga horária: 8 (oito) horas
7. Legislação e normalização
Carga horária: 4 (quatro) horas
ANEXO II
Requisitos para Certificação de "Serviço Próprio
de Inspeção de Equipamentos"
Antes de colocar em prática os períodos especiais entre inspeções, estabelecidos nos subitens 13.5.4 e
13.10.3 desta NR, os "Serviços Próprios de Inspeção de Equipamentos" da empresa, organizados na forma
de setor, seção, departamento, divisão, ou equivalente, devem ser certificados pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Inmetro diretamente ou mediante "Organismos de
Certificação" por ele credenciados, que verificarão o atendimento aos seguintes requisitos mínimos expressos
nas alíneas "a" a "g". Esta certificação pode ser cancelada sempre que for constatado o não-atendimento a
qualquer destes requisitos:
a) existência de pessoal próprio da empresa onde estão instalados caldeira ou vaso de
pressão, com dedicação exclusiva a atividades de inspeção, avaliação de integridade e vida
residual, com formação, qualificação e treinamento compatíveis com a atividade proposta de
preservação da segurança;
b) mão-de-obra contratada para ensaios não-destrutivos certificada segundo
regulamentação vigente e para outros serviços de caráter eventual, selecionada e avaliada
segundo critérios semelhantes ao utilizado para a mão-de-obra própria;
c) serviço de inspeção de equipamentos proposto possuir um responsável pelo seu
gerenciamento formalmente designado para esta função;
d) existência de pelo menos 1 (um) "Profissional Habilitado", conforme definido no subitem
13.1.2;
e) existência de condições para manutenção de arquivo técnico atualizado, necessário ao
atendimento desta NR, assim como mecanismos para distribuição de informações quando
requeridas;
f) existência de procedimentos escritos para as principais atividades executadas;
g) existência de aparelhagem condizente com a execução das atividades propostas.
ANEXO III
1. Esta NR deve ser aplicada aos seguintes equipamentos:
a) qualquer vaso cujo produto "PV" seja superior a 8 (oito), onde "P" é a máxima pressão de
operação em kPa e "V" o seu volume geométrico interno em m3, incluindo:
- permutadores de calor, evaporadores e similares;
- vasos de pressão ou partes sujeitas a chama direta que não estejam dentro do escopo de
outras NR, nem do item 13.1 desta NR;
- vasos de pressão encamisados, incluindo refervedores e reatores;
- autoclaves e caldeiras de fluido térmico que não o vaporizem;
b) vasos que contenham fluido da classe "A", especificados no Anexo IV, independente das
dimensões e do produto "PV".
2. Esta NR não se aplica aos seguintes equipamentos:
a) cilindros transportáveis, vasos destinados ao transporte de produtos, reservatórios
portáteis de fluido comprimido e extintores de incêndio;
b) os destinados à ocupação humana;
c) câmara de combustão ou vasos que façam parte integrante de máquinas rotativas ou
alternativas, tais como bombas, compressores, turbinas, geradores, motores, cilindros
pneumáticos e hidráulicos e que não possam ser caracterizados como equipamentos
independentes;
d) dutos e tubulações para condução de fluido;
e) serpentinas para troca térmica;
f) tanques e recipientes para armazenamento e estocagem de fluidos não-enquadrados em
normas e códigos de projeto relativos a vasos de pressão;
g) vasos com diâmetro interno inferior a 150mm (cento e cinqüenta milímetros) para fluidos
das classes "B", "C" e "D", conforme especificado no Anexo IV.
ANEXO IV
Classificação de Vasos de Pressão
1. Para efeito desta NR, os vasos de pressão são classificados em categorias segundo o tipo de fluido e o
potencial de risco.
1.1. Os fluidos contidos nos vasos de pressão são classificados conforme descrito a seguir:
Classe "A": - fluidos inflamáveis;
- combustível com temperatura superior ou igual a 200º C (duzentos graus
centígrados);
- fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 (vinte) ppm;
- hidrogênio;
- acetileno.
Classe "B": - fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200º C (duzentos graus
centígrados);
- fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 (vinte) ppm;
Classe "C": - vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido;
Classe "D": - água ou outros fluidos não enquadrados nas classes "A", "B" ou "C", com
temperatura superior a 50ºC (cinqüenta graus centígrados).
1.1.1. Quando se tratar de mistura deverá ser considerado para fins de
classificação o fluido que apresentar maior risco aos trabalhadores e
instalações, considerando-se sua toxicidade, inflamabilidade e
concentração.
1.2. Os vasos de pressão são classificados em grupos de potencial de risco em função do
produto "PV", onde "P" é a pressão máxima de operação em MPa e "V" o seu volume
geométrico interno em m3, conforme segue:
Grupo 1 - PV > 100
Grupo 2 - PV < 100 e PV > 30
Grupo 3 - PV < 30 e PV > 2.5
Grupo 4 - PV < 2.5 e PV > 1
Grupo 5 - PV < 1
Declara,
1.2.1. Vasos de pressão que operem sob a condição de vácuo deverão
enquadrar-se nas seguintes categorias:
- categoria I: para fluidos inflamáveis ou combustíveis;
- categoria V: para outros fluidos.
1.3. A tabela a seguir classifica os vasos de pressão em categorias de acordo com os
grupos de potencial de risco e a classe de fluido contido.
CATEGORIAS DE VASOS DE PRESSÃO
Grupo de Potencial de Risco
1
PV ³
100
2
PV <
100
PV ³ 30
3
PV < 30
PV ³
2,5
4
PV <
2,5
PV ³ 1
5
Classe de Fluido PV < 1
Categorias
"A"
- Líquidos inflamáveis combustível
com temperatura igual ou superior a
200 °C
- Tóxico com limite de tolerância £
20 ppm
- Hidrogênio
-Acetileno
I I II III III
"B"
- Combustível com temperatura
menor que 200 °C
- Tóxico com limite de tolerância >
20 ppm
I II III IV IV
"C
- Vapor de água
- Gases asfixiantes simples
- Ar comprimido
I II III IV V
"D"
- Água ou outros fluidos não
enquadrados nas classes "A" "B" ou
"C"com temperatura superior a 50
°C
II III IV V V
Notas:
a) Considerar volume em m3 e pressão em MPa;
b) Considerar 1 MPa correspondente a 10,197 Kgf/cm2.

 

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